Wilson Albino Pereira
As frases “[…] Meu delírio é a experiência com coisas reais”, ou “[…] Eu sou o início, o fim e o meio” e ainda, “[…] Que pena daquele que pensa da sua exata continuação”, respectivamente são trechos de canções compostas por Belchior, Raul Seixas e Gonzaguinha. Mas o que estes fragmentos musicais têm a ver com o livro “O estrangeiro”? – A visão objetiva do mundo, o existencialismo.
“O estrangeiro” foi escrito pelo argelino Albert Camus em 1942 e apresenta a importância da razão durante o passo a passo no processo do conhecimento. Em outras palavras, Camus fala pelos lábios do indiferente personagem Merseault , que viver não vale à pena e que após morte é um “nada” o que nos aguarda.
Outras questões muito amplas, universais e complexas também são apresentadas no livro. Dentre as quais, angústia, liberdade e paixão, neste caso, sua inutilidade. O ganhador do prêmio Nobel de 1957 traz registros literários de um pensador, que de certa forma nutria uma revolta contra os males que as circunstâncias da vida provocam ao homem.
“[…] Tanto faz morrer aos 30 ou aos 70 anos. […] Afinal nada mais claro”, este é um trecho do livro que tem apenas 122 páginas e inspirou gerações. Aprendi com esta obra que certas leituras deixam ressacados os pensamentos. Porque o romance trata de uma questão crucial, como a amargura que brota da relação do homem com o mundo.
A morte me assusta. Ainda me acho apegado ao mundo. Mas ela deve algo muito bom, senão, rs, ninguém morria. Parabéns pelo belo texto! Rodrigo.
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